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Cyclo-Cross
Fonte: UCI - Union Cycliste
Internationale
A imagem clássica do Cyclo-Cross é a manobra
de desmontagem-remontagem em alta velocidade. Isso acontece quando
a bicicleta tem que ser carregada nos ombros para que o ciclista
possa subir um aclive particularmente íngreme e lamacento,
ou quando um obstáculo no percurso não pode ser
ultrapassado pedalando.
Em termos de técnica o Cyclo-Cross é uma das mais
difíceis forma de competição ciclística.
A bicicleta se assemelha à bicicleta de ciclismo de estrada,
com o guidom curvado para baixo, rodas de tamanho 700C e pneus
relativamente estreitos. No entanto, as condições
desses dois esportes não poderiam ser mais diferentes.
Para começar, o Cyclo-Cross é um esporte de inverno.
Trilhas de florestas, campos abertos e colinas pequenas e íngremes
são as características principais de um percurso
de Cyclo-Cross. Normalmente o circuito é na faixa de 2,5
a 3 Km e a duração da prova é em torno de
uma hora.
O esporte
teve o seu primeiro campeonato mundial em Paris em 1950. Nos
primeiros anos, o Cyclo-Cross era encarado como um acessório
para as competições de estrada. O trabalho intenso
realizado em uma prova de uma hora e o uso de pneus finos em
colinas lamacentas é uma boa combinação
para incrementar a forma física e a habilidade de manejo
da bicicleta.
Gradualmente os especialistas em Cyclo-Cross foram aparecendo
e o esporte foi dominado por ciclistas que eram pouco conhecidos
nas competições de estrada. Com algumas notáveis
exceções - encabeçada por Adri Van der Poel
- continua sendo assim até hoje. Entretanto, as estrelas
do Cyclo-Cross se destacam entre os melhores nas provas de Mountain
Bike - um esporte muito mais próximo do Cyclo-Cross do
que do ciclismo de estrada.
Onde as competições de Cyclo-Cross e de Mountain
Bike diferem, na filosofia, é quanto ao suporte técnico
nas provas. Nas provas de Mountain Bike, o ciclista deve ser
completamente auto-suficiente para executar os reparos durante
as provas, no caso de problemas com sua máquina. Em contraste,
ao corredor de Cyclo-Cross é permitido usar até
três bicicletas numa prova. Visto que esse é um
esporte de inverno e as pistas são, freqüentemente,
muito lamacentas, uma bicicleta de Cyclo-Cross limpa pode pesar
mais de 10 Kg a menos que uma bicicleta suja!
A desvantagem do peso excessivo e do emperramento causado pela
lama resultou em um sistema de "pit stop" altamente
organizado. Equipes treinadas de mecânicos trabalham com
rapidez durante toda a prova para assegurar que o corredor possa
ter uma bicicleta limpa e lubrificada em cada volta. Normalmente
duas bicicletas se revezam, uma em uso e a outra sendo limpa,
enquanto uma terceira é mantida em reserva, para o caso
de falha mecânica.
Em 1998 as equipes comerciais foram substituídas por equipes
nacionais, na Copa do Mundo de Cyclo-Cross da UCI. Esta mudança
tem a intenção de aumentar o interesse da grande
audiência no esporte.
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